quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ao 2º Dia a 1ª Etapa... Partida, Largada, Fugida... (1º parte)

24 de Junho de 2014 - 1ª Etapa (CHAVES - LAMEGO)
Depois da noite anterior ainda em casa com pouco mais de 2 horas de sono, seguiu-se outra ao mesmo estilo.
Já passava largamente da 1 da manhã quando nos fomos deitar com os despertadores para as 5h30.
Pouco mais de 3h30 de descanso e heis que eles tocam... são 5h30 da manhã! Alvorada!

Abro a persiana que dava para o parque dos bombeiros onde estava o carro do CT1CQK estacionado. O CQK já lá estava de roda da viatura mas estava mais alguém... o Vitor com o nome de guerra do geocaching "Indefenido".
Conhecemos o Vitor no 1º evento na noite anterior. Assim que a modos de provocação convidámo-lo a nos acompanhar por um bocado na nossa travessia uma vez que também é praticante de BTT. Resposta: "Às 6h estou lá" .... e estava mesmo!!! Ganda maluk...

Depois de tudo acartado para o carro faltava vir a bike para baixo (estavamos no 2º andar) mal lhe toco noto logo algo anormal... o pneu de trás estava vazio.
A minha bike tem pneus tubless que foram colocados há 2 anos. Daí para cá nunca tinha furado. Tinha de ser logo na saída para a 1º etapa .... Murphy, mister Murphy!!!! Mas não, apenas vazou pois dei-lhe um pouco de ar com a bomba manual e aguentou-se até à bomba de gasolina mais próxima. Aí levou a pressão adequada e aguentou-se até ao último dia da travessia.




E assim deixámos as instalações dos Flavienses que tão bem receberam quer a nós quer às nossas bicicletas uma semana antes. Também aqui deixamos um especial agradecimento ao cmdt Almor Salvador e ao 2ºcmdt João Pinto assim como a toda a corporação. Muito obrigado!
Logicamente ao iniciarmos esta aventura da EN2 teriam que haver as fotos da praxe no KM 0. Foto para cá, foto para lá, até a carrinha foi parar em cima da rotunda.




Iniciado o trajeto para Sul, inicia-se também uma chuvada daquelas. Sempre a chover lá fomos andando na companhia do "Indefenido" que saiu de casa às 6h da manhã a chover para nos vir acompanhar.
Fomos passando pelos locais que as caches nos diziam que tinhamos que passar e gostámos especialmente das caches mistério que nos levavam a passar pelo verdadeiro e original traçado da EN2. Foram duas caches em dois desvios. Muito bom! Esta foi também uma das razões pela qual levámos bicicletas de BTT com pneus cardados de 2.0 e 2.2!

Já em Vidago, nome que é conhecido pelas águas engarrafadas desviámos um pouquinho para fazer a cache do Vidago Palace. Até aí nada de especial até que ao seguir caminho para regressar à EN2 onde estava a cache do Apeadeiro de Salus, passamos por um edificio imponente, abandonado, misterioso que nos deixa uma vontadinha especial de querer entrar. Desta vez não dava, mas numa próxima quem sabe. Creio que se trata de um hotel. Fica a foto.




Cache após cache lá fomos seguindo sempre debaixo de chuva até que chegamos a um apeadeiro desta série da Linha do Corgo, apeadeiro esse diferente do habitual. É de madeira e é o apeadeira da Oura. Foi aqui que o nosso amigo "Indefenido" nos abandonou e regressou a Chaves desta vez pela ecopista que foi edificada aproveitando o traçado da antiga linha do caminho de ferro onde todos estes apeadeiros se integram.

 



A partir daqui seguimos os três, eu e o Jerónimo de BTT e o Luis no carro de apoio. "-GFK-" "Jerónimo@01" e "CT1CQK" respetivamente, os nomes de guerra do geocaching.
Continuava a chover quanto mais podia. Não chegámos a vestir as capas pois já estavamos molhados até aos ossos. Preferimos manter as capas secas para o caso do frio apertar o que veio a acontecer mais tarde.
Os logbooks das caches estavam na sua maioria deteriorados pela chuva o que em alguns casos dificultou a sua assinatura mas uns atrás de outros lá fomos conseguindo registar os founds.





A foto de cima é a cache do Museu de Vila Pouca de Aguiar, a de baixo a do Jardim da Carreira em Vila Real.
Alcançámos o primeiro marco da EN2 com um número já representativo, o KM 50 que se encontra numa descida longa antes de Vila Real. Como se pode ver na imagem a estrada estava completamente molhada e nós a enregelar.



Já em Vila Real batiamos o dente com o frio que apanhámos na tal descida de mais de 5km. A chover, os equipamentos molhados, o termómetro na casa dos 11 a 12 graus o frio era mais que muito e as capas estavam no carro que já estava em Vila Real perto da cache +1 à nossa espera.
Ainda fizemos a cache do Mira~Corgo com um contentor e engenho muito giros que mereceram o meu favorito.
Perto da esquadra da PSP reparámos que haviam barracas de feira e de venda de farturas. Para todos os efeitos era dia de S. João!
Diz-me o Jerónimo: " Eh pah... não queres uma fartura quentinha?" Enregelado como estava até soube a pato (como se diz em Olhão).
Fartura ingerida lá fomos a caminho da saída de Vila Real para nos encontrarmos com o Luis na cache +1. E continuava a chover.....
Vestimos a capinha, fizemos a cache e ála que se faz tarde!




Já depois de Vila Real e depois as confusões que o IP4 ou a A24 ou lá com se chama veio fazer naquela zona no que a ligações entre estradas diz respeito, seguimos sempre direitinhos pela EN2 pois os tracks dos nossos GPS não enganavam. Chegámos a um cruzamento onde vimos uma data de placas e algumas com nomes esquisitos e resolvemos tirar umas fotos. Estamos nós na sessão fotográfica heis que chega e pára um carro. Era o João "Gilocas"... ele bem nos tinha dito no evento da noite anterior que ainda nos iriamos encontrar EN2 abaixo. O João foi a primeira pessoa que contactei quando comecei com esta loucura de organizar uma travessia da EN2 e desde o início nos ajudou em tudo o que precisámos. Muito obrigado pela ajuda e disponibilidade João!




Começavamos então a entrar naquelas paisagens que conhecemos da televisão. Encostas e encostas de vinhedo, encostas riscadas de verde a perder de vista. Coisa magnífica e que ainda melhor se aprecia ao passar por elas de bicicleta. São imagens inesquecíveis que ficarão para sempre na nossa memória.




Aproxima-se a hora do almoço e estamos praticamente a chegar a Stª Marta de Penaguião. Resolvemos que seria o local ideial para almoçar. Já na saída para Peso da Régua encontrámos mesmo junto à EN2 um café/restaurante onde queriamos apenas trincar umas bifanas mas sugeriram-nos uma refeição completa e aceitámos. 
Subimos ao primeiro andar e as bikes ficaram cá em baixo no outro lado da estrada encostadas a uma árvore. Diz-nos o dono do café, um rapaz novo: "Não se preocupem com as bikes, voces estão no café e ninguém lhes toca. O café é de confiança". E era mesmo mas só reparei nisso agora ao ver a foto...



(continua...)

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